16 outubro 2011

Sangue e Coração Cap 3. Sonhos

3. Sonhos


Três anos se passaram desde que Alex partira, nem preciso dizer como foi minha vida desde então, vivia apenas para o trabalho, ajudava minha mãe na cozinha e na arrumação da sede da fazenda, não tinha mais meu melhor amigo pra conversar nos dias de solidão.

Estava com quinze anos e não via a hora de Alex voltar, ah como eu sentia sua falta, havia dias em que meu coração parecia sangrar de tanto que doía, mais o que eu poderia fazer? Só poderia esperar.


Como toda menina de quinze anos eu tinha muitos sonhos, sonhava em poder me casar, ter filhos, uma casinha com um jardim, eu não tinha ambições por dinheiro ou poder, só queria ser feliz com meu amor, com meu Alex, nós pertencíamos um ao outro...

-Alicia, sonhando acordada de novo filha? – mamita sempre sabia onde me encontrar, quando eu me encontrava chateada e sentia saudades de Alex, ia para o lago. Eu estava no balanço olhando para o horizonte e foi assim que minha mãe me encontrou.

-Estou pensando em Alex mamita, sinto muito a sua falta – eu nunca mentira para minha mãe e ela sempre soube do meu carinho por Alex, só que ela não acreditava que ele sentisse o mesmo por mim. Quando éramos crianças ele até podia sentir alguma coisa, mas agora que está longe, ela duvidava que ele ainda pensasse em mim, em especial com todas as belas damas da cidade grande onde ele se encontrava.

-Mi hermosa, não quero que sofra, sabe o que eu penso sobre isso, não quero que se decepcione meu anjo.

-Sei o que pensa mamita, mas meu coração diz que ele ainda me ama, eu não sei explicar, eu apenas sinto.

-Você sempre foi tão sonhadora querida, espero que não venha sofrer no futuro.

-Não vou mamita, não se depender de Alex. – minha mãe estendeu a mão para que eu a segurasse e seguimos juntas para a casa.

-Vamos hermosa, não quero que fique aqui sozinha, já está ficando tarde. – meus pensamentos estavam nele, já fazia tanto tempo desde a última vez que nos vimos, como ele estaria hoje?



[ Alex]

Três anos! Meu Deus como eu sentia falta de Alicia, já estávamos com quinze anos e eu sabia que não a veria tão cedo, meu coração clamava por ela.

Estou morando em Londres na Inglaterra, Ano que vem inicio meu curso de Direito na Faculdade, meu pai era um homem muito influente e me deu os melhores professores por isso estava adiantado nos estudos, me formaria mais cedo que a maioria, de certa maneira me sentia aliviado, pois cada minuto que me aproximasse de rever Alicia me deixava eufórico.

Devo confessar que tive encontros com algumas damas por aqui, sabe como é os amigos pressionam e eu poderia ganhar uma fama muito desagradável se não saísse não o fizesse, mas na verdade não passava de uma noite, logo depois nem me lembrava quem era, só quem eu queria na verdade era minha Alicia.

Quando penso nela se tornando minha esposa, meu mundo se ilumina, sei que terei de enfrentar meu pai para tal mais não me importo, quando chegar o momento ele não poderá me impedir como fez quando nos separou, na época não pude fazer nada, afinal não passava de uma criança, sei que ainda sou jovem, mais quando voltar já terei idade suficiente para responder por meus atos e ele não poderá se opor.

Imagino-a linda cuidando de nossa casa, dar-lhe-ei uma vida de princesa com muitos criados e todo o conforto, ela só se preocupará com a criação de nossos filhos...

-Acorda Sumers, já estamos atrasados – Jack me chamou despertando-me de meus devaneios.

-Sabe de uma coisa wood, você é um tremendo chato, estava aqui pensando em coisas muito agradáveis.

-A é? Que coisas Sumers?

-Sinto informa-lo meu amigo, mas isso não lhe diz respeito, é assunto meu.

Jack Wood é meu melhor amigo aqui na Inglaterra, estudamos juntos, ele é mais velho que eu dois anos, mais é uma ótima companhia e tem me ajudado muito por aqui, nos conhecemos em um momento um tanto constrangedor para mim, sendo eu o mais novo na escola logo chamei atenção de um valentão que se incomodou com o simples fato de minha existência, em um dado momento ele e seu sécto de puxa sacos me encurralaram e Jack wood me ajudou a me livrar deles, desde então nos tornamos grandes amigos.

-Vamos então, aquele professor de trigonometria é uma ... na falta de uma palavra mais adequada... ameba... acho que vou ensinar a ele a matéria antes que ele confunda os outros alunos, coitados.

-Que isso Alex! Como é mesmo o nome dele?

-Acho que é Sr. Adans – falei

-Você é mesmo um metido isso sim. -Jack falou

-Metido não, Realista.

-Está certo, vamos pra aula então senhor realista.

Em seguida fomos pra mais uma aula entediante, com um professor que não falava coisa com coisa, mas fazer o que não é? A vida nem sempre é justa, pra dizer a verdade, a vida quase nunca é justa.

Lembrei-me de Alicia novamente, mais disse a mim mesmo que precisava me concentrar na escola, Alicia era especial demais, então me lembraria dela com a mente liberada de obrigações acadêmicas e no conforto de meu apartamento mais tarde.

Um comentário:

  1. A os sonhos porque não telos e é isso que Alicia e Alex fazem onde se veem casados e com filhos e a saudade cada vez maior e cada ela sofrendo com o serviço da casa ele copenetrado com os estudos para se formar e voutar para sua amada como prometera.Bjos

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