Resenha - Perdida - Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo



“Ian era diferente dos caras que eu conhecia, sempre tão educado e atencioso. Mas assim eram todos os homens daquele século. Alguma coisa naqueles olhos escuros me fizeram confiar nele, aceitar sua ajuda, querer falar com ele e... querer tocá-lo de forma nada educada! Um tremendo erro! Um erro que depois me machucaria muito. Precisaria ser cuidadosa e evitar ficar sozinha com Ian. E precisaria, acima de tudo, manter minhas mãos bem longe dele!”

Sofia vive em uma metrópole e está habituada com a modernidade e as facilidades que isso lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor à menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição.

Após comprar um novo celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa.

Com a ajuda do prestativo Ian, Sofia embarca numa procura às cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam levá-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...

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Como descrever esse livro? Encantador, engraçado, inesquecível??? Acredito que todos esses adjetivos fazem jus ao livro Perdida, porém ele é muito mais que isso. Nas linhas a seguir tentarei expressar o que senti ao me aventurar pelas páginas desse romance.

Sofia e Ian. Ela decidida, dona de si, cheia de opinião. Ele, um perfeito cavalheiro, galante, generoso e protetor.

A história de Sofia se passa em uma grande metrópole aqui do Brasil e como toda jovem do século XXI ela vive cercada de tecnologia, sabe bem como usá-las e tira todo o proveito que pode do que tem a seu alcance.

Em mais um dia agitado em seu trabalho e com prazos a cumprir seu computador resolve pifar, seu “amável” chefe manda que ela use a boa e velha máquina de escrever e então...

“...e fui buscar a tal máquina. Era pesada e desajeitada para carregar. Coloquei-a sobre minha mesa e observei.

Hummm... Eu já tinha ouvido falar sobre ela.

Mas cadê o botão de ligar?”

Nem preciso falar o quanto eu ri com isso, não é?! Pois então esse é apenas um gostinho do que vai encontrar.

Bom Sofia vai com sua amiga a um barzinho onde no banheiro trata de perder seu celular no vaso sanitário, no dia seguinte ela compra outro super moderno com todas as funções possíveis e é o tal “Monstrinho” como ela chama que de alguma forma a leva para o Século XIX onde ela conhece o nosso (agora já é meu também, nem vem Sofia) adorado Ian.

“ Olhei para o homem completamente confusa. Suas roupas eram muito esquisitas e antigas.(...) – Você está bem, senhorita? (...) Seus olhos me avaliaram e seu rosto assumiu um tom avermelhado quando examinou minhas pernas.”

Ian hospeda a desamparada Senhorita Sofia em sua casa onde lhe apresenta sua irmã e oferece ajuda para que Sofia volte para casa, o que ele não sabe é que essa casa fica dois séculos à frente.

Tão hospitaleiro nosso Ian...

“-Sim. Mostrei toda a casa. Há algo errado senhorita Sofia?

É claro que havia. Uma casa com uma dezena de salas e uma cozinha gigantesca, uma dúzia ou mais de quartos e só isso. Nada mais.

Oh, Deus, por favor! Permita que eles já existam, por favor!

-Senhorita? – Ian me lançou um olhar preocupado – Está se sentindo bem?

-Cadê os banheiros? – Perguntei em pânico.

-Banheiros?

Ah, Não!

Não! Não! Não!”

Gente Perdida é simplesmente hilário, mas não é só isso. É romântico, é doce, é quente e também é dramático, assim como eu ri muito e põe muito nisso! Eu também chorei e senti fundo o desespero e a desesperança da Sofia.

Carina Rissi usou muito bem a sua sensibilidade nesse livro, é uma história especial e marcante que nos deixa com um maravilhoso gostinho de quero mais.

“Não, eu quis dizer. Não estou bem. Não estarei bem até que me beije outra vez!”

Como vocês já perceberam eu não gosto de contar muitos detalhes nas resenhas, expresso minha opinião sincera e coloco aqui algumas das partes que acredito que chamam atenção sem revelar a surpresinhas que a história contém.

Carina, muito obrigada por nos presentear com uma história tão especial.

O livro é muito lindo, bem escrito e encantador! Não tenho mais adjetivos para descrevê-lo... Eu indico sem medo de errar, leiam Perdida, não vão se arrepender!!!